Paletas

segunda-feira, 10 de maio de 2010

AS MINHAS MOLDURAS

Logo depois do meu último post, fiquei perturbado porque, trocando em miúdos, bem no jargão futebolístico que apetece o nosso presidente, "não toquei de lado". Foi justamente nestes termos que um comentário feito sobre o "Um enfermo 'curado' às quintas" me incitou a este bate-papo coloquial.

Confesso que os tempos não eram os melhores para eu tentar desbravar o mar das crônicas. Sentia-me oco, mas na obrigação de cumprir com datas que eu mesmo estipulei, assim este meu espaço de asneiras cotidianas não se empoeiraria como alfarrábios em estante.

Por consequência, tentei construir uma linda moldura para um quadro que não existia. Foi assim, emoldurando o vácuo, que teci meu último texto. E lhes peço desculpas. Tenho um compromisso com meus leitores, que não são muitos, no entanto por quais tenho carinho.

Não os trairei, nem mesmo quando estiver afogado no nada. Ao invés de tentar enobrecê-lo, abusarei de franqueza e vou confessar que não estou mais a pregar molduras no ar. Acho que deste modo, terei trégua de alguns pitacos indigestos, cujos efeitos, embora muitas vezes construtivos, abalam quem esteja iludido com as próprias anedotas, como eu.

6 comentários:

ursula disse...

ahhhhhhhh querido, não pegue tão pesado no compromisso. quer escrever periodicamente tudo bem, desde que valha um pouco de besteira. que mal que tem?
no meio de várias besteiras sempre há de aparecer coisa bem boa!
beijo grande,
ursula

Juliana Bragança disse...

concordo com a desconhecida ursula!
besteria, na medida certa, é sempre bem vinda!
bjo

Marcelo disse...

O tal comentário é o que você apagou? Fiquei curioso em saber o conteúdo.

Ricardo Chapola (CHAPS) disse...

Pois é, Darw... Me dei conta de que cometi um erro assim que o deletei. Faltou-me um pouco de bom senso. Tenho que saber lidar com comentários de todos os gêneros: dos mais ácidos aos mais doces.

Aliás, todos nós, blogueiros, estamos sujeitos a isso, assim que nos lançamos nesse novo espaço público.

O conteúdo, grosso modo, era que minha forma "pseudo-intelectual de escrever não dava requinte ao meu texto". O dito cujo dono das aspas me disse para, simplesmete, "tocar de lado".

Eu não esqueci que isto já foi, inclusive, recomendação sua. E confesso que estou me esforçando para melhorar. E, modéstia à parte, achei certa melhora.

Foi isso, amigo Darw...

Marcelo disse...

Chaps, a coisa mais importante você já fez, que foi reconhecer que errou ao deletar o comentário. Agora é bola pra frente.
Abraço!

Nina Vieira disse...

Não se sinta compromissado a algo. Nem mesmo com a escrita ou com nós, leitores. Compromisso com o que deve ser desprendimento puro é tolice. Não se prenda tanto.
Abraços.