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terça-feira, 13 de abril de 2010

HOJE É DIA DE POESIA - SAUDADE



Saudade foi na manhã um amargo café
em Agosto de cinza frio e biscoitos murchos.
Flores mortas encovadas ao centro da mesa:
só elas, falecidas, geladas, afogadas
no café amargo de Agosto cinza,
de farelos de biscoitos.


Sobre amargor, a dor... Cruzes, como sei de tudo isto. Horror!
Pois na minha mesa as flores continuam padecidas,
os biscoitos murchos, o café ruim e a saudade
que amordaça, assassina fala minha
faz-me afunilar e terminar assim,
com saudade.

3 comentários:

Juliana Bragança disse...

nao sou mto fã e cafe...
se for amargo entao!
cruzes!
ahahha!
bjo

Nina Vieira disse...

"saudade o meu remédio é cantar". Gosto muito da saudade e do tom doce/amargo que ela deixa...

Anônimo disse...

Que triste é saber da dor, e das coisas que continuam iguais. A saudade é a pior tortura. O que resta? Usar a dor para seguir em frente, para mudar o agora.

Adorei suas palavras :)