
Muitos ainda lembram de quando ele era ainda menino, com o mesmo porte frazino que conserva até hoje, de pernas longas e demasiadamente finas. Tanto a magreza é a mesma quanto a velocidade que traz nas passadas. Desde pequeno, corria na sintonia de raios. Mesmo nas brincadeiras, era espantosa tamanha a rapidez de suas pernas infantis trabalhando no natural movimento da corrida. Grosso modo, os olhos perdiam a nitidez de seus pés miúdos durante uma mísera brincadeira de pega-pega.
Ligeiro era durante todo o dia. Precisou correr para tomar o ônibus e ir à escola. Antes, correu para escapar das chineladas da mãe, visto não parar de atormentar a irmã mais nova. Corria em busca dos primeiros lugares na fila da merenda. Sem esquecer, é claro, das vezes que também usava dessa habilidade com o fim de sempre vencer em praticamente todas provas cuja demanda era a velocidade.
Viram-no por aí esses dias mesmo. Os olhos ainda tinham exatamente o mesmo brilho travesso dos tempos de, ora fugir das chineladas da mãe, ora de conquistar o melhor lugar para o lanche. De diferente, só um pouco de barba, alguns centímetros a mais de altura e, dando um pouco mais de volume à magreza de outrora, um pouco de tônus muscular (não o suficiente para mascará-la, no entanto).
Um comentário:
Gostei bastante do seu texto! Bem legal! parabens
bjo
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