POST ESPECIAL - 1 ANO DE "DA PROSA"

Como comemoração, dois textos. Confiram! Ao cabo, uma música. Ouçam também.

Texto de Darwinista

Há um portal, um dos grandes, cujo lema é “o mundo é de quem faz”. Associar essa frase com um empreendimento na internet é muito feliz. A rede virtual é, definitivamente, o lugar onde qualquer um, seja rico, pobre, homem, mulher, negro, branco, pode expor suas ideias, seja no anonimato ou dando a cara pra bater.

Dois aspectos da facilidade que a internet oferece a quem quer se expressar me chamam mais atenção. O primeiro deles é a independência. Veja a questão das alterações climáticas, por exemplo. Nas mídias impressa e televisiva, com muita dificuldade você encontrará informações e opiniões que destoem da ideia de que o planeta está esquentando, e que a culpa disso é do ser humano.

É muito provável que isso seja verdade. Mas o contraditório é um elemento muito importante quando se procura a verdade. E esse contraditório você acha, quase que exclusivamente, nos blogs e sites que tratam do assunto, que não estão sujeitos às limitações editoriais das fontes tradicionais de informação.

O segundo aspecto é a maior chance do surgimento de novos talentos. Qualquer um pode abrir gratuitamente uma conta em um dos vários sites que abrigam blogs, e passar a publicar seus textos, suas fotos, seus filmes. Claro, quantidade não é qualidade, e essa facilidade permite que muita coisa ruim polua a rede.

Mas uma garimpada cuidadosa pode revelar lugares preciosos. Grandes cronistas, jornalistas e poetas mostram seus trabalhos no mundo virtual. Talentos que talvez não viessem a luz se dependessem das mídias tradicionais.

Esse Da Prosa à Poesia caminha pra se tornar uma dessas preciosidades da rede. Seu autor tem um talento raro pra alguém da sua idade e, o mais importante, está disposto a passar pelo processo de lapidação necessário a qualquer material de valor.

Que Ricardo Chapola ainda nos brinde por muito tempo com seu trabalho, e que ele mantenha a independência que caracteriza os que fazem a real diferença.

Texto de Mayara Maluceli

Um belo dia, numa dessas redes sociais bem convencionais, pediram que a minha mão ousasse em escrever para um evento extraordinário. Evento, porém, de um acontecimento tão tradicional quanto o casamento: a celebração de um ano de vida. No entanto, quem comemorava esse período glorioso de existência não era minha mãe (pessoa que aprecia minha escrita a todo custo) ou meu pai (aquele que também se apetece pelas minhas palavras grafadas de qualquer maneira), e, sim, um objeto que serve de suporte para que outra pessoa também escreva. Sejam asneiras, como as minhas, sejam poesias, como as deles.

Essa outra pessoa sou eu e mais um ano de experiência, mas se expõe em palavras como se tivesse vivido várias vidas inteiras e um pouco mais. Como se tivesse... nascido há dez mil anos! Essa outra pessoa sabe tão bem usar e não usar sua capacidade cognitiva, a ponto de extasiar em certos momentos, com um mero “ah”; e, também, deixar incompreensível para os néscios um texto que fale de algo tão universal como o amor.

Para essa pessoa, que, a partir de agora, chamarei de Ele, posso cantar uma das músicas mais simples e, ainda, complexas aos sentimentos, dos Besourinhos britânicos, Because. Simples porque é pequena, melodia singela; complexa, por causa da emoção, o amor. E, talvez, eu possa dizer que Ele é assim: simples e complexo, e o Da Prosa é um reflexo dessa proeza, dessa mistura. Simples e complexo é seu aniversário de um ano de textos incrivelmente lindos. Parabéns, amor.

De sua.